Outrubro, mês do professor.
Como não celebrar? Ou, como celebrar? De que modo viver a data do dia 15? Alegria,
orgulho... ou frustração, esgotamento...? Não será um misto de sentimentos?
Desafio de um tempo tão difícil. A atitude da reflexão, certamente, deverá
compor qualquer estado de ser deste profissional atualmente tão desvalorizado.
Liberdade. Este é o
desejo que gostaria de compartilhar com todos os meus colegas professores. Liberdade
para pensar e não ser pensado. Liberdade para criar. Criar seu dia do modo que
desejar. Que dia escolhemos ter? Não falo de uma realidade romantizada, em que
os problemas são negligenciados ou que se procure o conforto da não existir,
optando-se por uma atuação (no sentido teatral) esquivando-se da beleza do ser
essencial. Falo da realidade criada a partir do propósito, do pensamento, do
desejo, da atuação (no sentido do trabalho). Uma realidade própria do estar
presente. Estar presente em si a ponto de saber, conhecer a verdade sobre si
mesmo. E, assim, libertar-se do efeito marionete onde nossos atos impensados,
nossa vaidade, nossos medos, nossas ansiedades nos manipulam. Um presente
precioso, liberdade de ser. Sim, é preciso ser, antes de ser professor.
Trazer pra si a
responsabilidade do cuidar-se, não seria uma das formas de abrir este presente?
Afinal, quando criamos a expectativa de que a fonte de nosso bem estar fica do
lado de fora de nós, ficamos presos, sem a possibilidade do movimento vital da
mudança, estagnados, portanto, sem paz.
Ao redor, vemos a crise
no sistema educacional. Em nós, o que visualizamos? Estamos ligados, não há separação.
Estamos em crise também! E isto significa um começo. Crise é sinal de
transformação. Tomemos posse do presente que a vida nos oferece, a liberdade, e
cuidemos de nós. Vamos cuidar um dos outros. Juntos, administremos nossas
crises. Podemos trocar experiências, ideias,
dúvidas, respostas, mais dúvidas, lágrimas e muitos sorrisos. A cereja deste
bolo, A PAZ.
Susi Emerich
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ficarei muito feliz de saber o que achou. Fique à vontade em interagir.