quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Há tempo pra tudo, professor!


Começa o ano letivo e o professor a toda ação. AÇÃO EDUCATIVA. 
Na primeira conjugação:
Sonhar, planejar, adaptar...
Na segunda:
Desenvolver, fazer, aprender...
A terceira vem como:
Ir, reunir, agir...
E segue o ano e as ações se intensificam:
Ensinar, aprender, acumular, atrasar, acolher , espremer, pedir, restringir, acudir...
Já no final do ano letivo, o imperativo é:
 Aprove! Reprove! Recupere! Termine! Lance! Adoeça! Adoeça??
Meu Deus! Há tempo para todo propósito na face da terra!
É tempo de descansar, relaxar, reabastecer, distrair, celebrar, cuidar...!!
Cuidar de si. Deste seu patrimônio que é você mesmo, professor.
Cuidar para poder realizar no ano letivo de 2015, as ações essenciais ao ser na primeira, segunda e terceira conjugação:
Amar, crescer e sorrir.
E pra não cansar e já terminar, 
Não mais ação, 
Apenas um desejo:

Feliz natal!                        
                                  
                                           Susi Emerich

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Uma interpretação psico-social holística do TDAH

Como é que a epidemia do Déficit de Atenção, que tornou-se firmemente estabelecida em vários países do mundo, foi quase completamente desconsiderada com relação a crianças na França?

Nos Estados Unidos, pelo menos 9% das crianças em idade escolar foram diagnosticadas com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), e estão sendo tratadas com medicamentos. Na França, a percentagem de crianças diagnosticadas e medicadas para o TDAH é inferior a 0,5%. Como é que a epidemia de TDAH, que tornou-se firmemente estabelecida nos Estados Unidos, foi quase completamente desconsiderada com relação a crianças na França?
déficit atenção crianças

Déficit de Atenção em crianças francesas é inferior a 0,5% (Foto: Ilustração)
















TDAH é um transtorno biológico-neurológico? Surpreendentemente, a resposta a esta pergunta depende do fato de você morar na França ou nos Estados Unidos. Nos Estados Unidos, os psiquiatras pediátricos consideram o TDAH como um distúrbio biológico, com causas biológicas. O tratamento de escolha também é biológico – medicamentos estimulantes psíquicos, tais como Ritalina e Adderall.
Os psiquiatras infantis franceses, por outro lado, vêem o TDAH como uma condição médica que tem causas psico-sociais e situacionais. Em vez de tratar os problemas de concentração e de comportamento com drogas, os médicos franceses preferem avaliar o problema subjacente que está causando o sofrimento da criança; não o cérebro da criança, mas o contexto social da criança. Eles, então, optam por tratar o problema do contexto social subjacente com psicoterapia ou aconselhamento familiar. Esta é uma maneira muito diferente de ver as coisas, comparada à tendência americana de atribuir todos os sintomas de uma disfunção biológica a um desequilíbrio químico no cérebro da criança.
Na medida em que os médicos franceses são bem sucedidos em encontrar e reparar o que estava errado no contexto social da criança, menos crianças se enquadram no diagnóstico de TDAH. Além disso, a definição de TDAH não é tão ampla quanto no sistema americano, que na minha opinião, tende a “patologizar” muito do que seria um comportamento normal da infância. O DSM não considera causas subjacentes. Dessa forma, leva os médicos a diagnosticarem como TDAH um número muito maior de crianças sintomáticas, e também os incentiva a tratar as crianças com produtos farmacêuticos.
A abordagem psico-social holística francesa também permite considerar causas nutricionais para sintomas do TDAH, especificamente o fato de o comportamento de algumas crianças se agravar após a ingestão de alimentos com corantes, certos conservantes, e / ou alérgenos. Os médicos que trabalham com crianças com problemas, para não mencionar os pais de muitas crianças com TDAH, estão bem conscientes de que as intervenções dietéticas às vezes podem ajudar. Nos Estados Unidos, o foco estrito no tratamento farmacológico do TDAH, no entanto, incentiva os médicos a ignorarem a influência dos fatores dietéticos sobre o comportamento das crianças.
E depois, claro, há muitas diferentes filosofias de educação infantil nos Estados Unidos e na França. Estas filosofias divergentes poderiam explicar por que as crianças francesas são geralmente mais bem comportadas do que as americanas. Pamela Druckerman destaca os estilos parentais divergentes em seu recente livro, Bringing up Bébé. Acredito que suas idéias são relevantes para a discussão, por que o número de crianças francesas diagnosticadas com TDAH, em nada parecem com os números que estamos vendo nos Estados Unidos.
A partir do momento que seus filhos nascem, os pais franceses oferecem um firme cadre – que significa “matriz” ou “estrutura”. Não é permitido, por exemplo, que as crianças tomem um lanche quando quiserem. As refeições são em quatro momentos específicos do dia. Crianças francesas aprendem a esperar pacientemente pelas refeições, em vez de comer salgadinhos, sempre que lhes apetecer. Os bebês franceses também se adequam aos limites estabelecidos pelos pais. Pais franceses deixam seus bebês chorando se não dormirem durante a noite, com a idade de quatro meses.
Os pais franceses, destaca Druckerman, amam seus filhos tanto quanto os pais americanos. Eles os levam às aulas de piano, à prática esportiva, e os incentivam a tirar o máximo de seus talentos. Mas os pais franceses têm uma filosofia diferente de disciplina. Limites aplicados de forma coerente, na visão francesa, fazem as crianças se sentirem seguras e protegidas. Limites claros, eles acreditam, fazem a criança se sentir mais feliz e mais segura, algo que é congruente com a minha própria experiência, como terapeuta e como mãe. Finalmente, os pais franceses acreditam que ouvir a palavra “não” resgata as crianças da “tirania de seus próprios desejos”.
FONTE:Marilyn Wedge, em Psichology Today 


quinta-feira, 8 de maio de 2014

Uma realização do     

                             



"Núcleo de Reflexões" abre espaço de para se pensar o homem em sua inteireza. Nesta ocasião, traz para   esta roda  de conversa,   sob a condução   da  Psicóloga Priscila Leal Marcatto  o tema:

"O PARTO ATIVO"

"O Termo PARTO ATIVO não foi criado para defender um método, mas para falar da liberdade da mulher no momento de parir."
         (Janete Balaskas)



Uma oportunidade de se pensar o ser humano para um comprometimento ainda maior com a viabilização de sua saúde integral.

"Para se mudar o mundo, primeiro é preciso mudar a forma de nascer".
                                  Michel Odont


DATA: 30/05/2001

Horário: 19:00 h

LOCAL: CIAH (Rua Prof José Lendro, 89 - Centro - Magé

Facilitadora: Priscila Leal Marcatto


VOCÊ É NOSSO CONVIDADO!

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Enquanto isto no Colégio Estadual de Magé... sonho de uma educação para a paz



Está dado o primeiro passo. Estamos diante da crise de violência. Isto nos incomoda a todos, estamos nos atritando, temos medo, estamos angustiados. É o começo, pois sem crise não há desconforto, não havendo também a possibilidade de transformação.
Livres, portanto, da estagnação, que é o contrário da paz, desejamos mudar. O inimigo a combater é a fragmentação, esta que começa em nós mesmos,  desigualmente divididos, em razão, emoção, sensação e intuição, tentando sobreviver neste modelo mecanicista de educação ocidental, negligenciando todo potencial de um lado inteiro de nosso cérebro.
Seguimos equivocados, julgando ser a inteligência o domínio de algumas ferramentas mentais. Desconhecemos outras formas de interação com o mundo. Travamos uma guerra contra todo resquício de saúde que despreza a estimulação exclusiva do cognitivo em detrimento das outras formas de interpretação da realidade. Este resquício de saúde, pasmem, se apresenta muitas das vezes, em nosso fracasso enquanto professores de um sistema nada coerente. Sim, pois somos incompetentes, por exemplo, para lidar com alunos de ensino médio que não sabem ler! Incompetentes diante de um sistema que nos pressiona a dar "respostas positivas" nos forçando a compartilhar com a mágica que cria números extravagantes nas estatísticas. Não é assim com o sistema de aprovação pelas dependências?  Esta saúde  também se manifesta na alegria dos nossos jovens. Sim, nos habituamos a delegar ao comportamento rebelde a deseducação, mas talvez seja este a resistência ao convencional, ao cristalizado. Vale dizer que não se trata de desconsiderar que o resultado desta enferma educação tem se manifestado no comportamento dos alunos, e também dos profissionais da escola, nos deixando despreparados ao encontro e tornando o ambiente escolar um espaço violento.
A inteligência está na capacidade de interação para o poder pessoal, para a autonomia e não pode se limitar ao lógico, ao racional. Onde está a criatividade, a sensibilidade, a contemplação... e outras formas de relação com o mundo? Mais do que compreender de forma racional, nossos jovens e também cada um de nós, precisamos ser tocados pelo mundo, precisamos de modo que nos conheçamos integralmente: corpo, mente, alma e espírito. Este é o ser humano!
O que significa isto pedagogicamente falando? A nível de filosofia educacional, já não é novo o trabalho de Jacques Dellors enquanto relatório da UNESCO para a ONU como ideal de educação para o terceiro milênio sobre a evolução transdisciplinar na educação, centrado na inteireza: EDUCAR PARA CONHECER; EDUCAR PARA FAZER; EDUCAR PARA CONVIVER E EDUCAR PARA SER. Uma educação convencional mal dá conta de educar para conhecer ou fazer, talvez. Resta-nos integrar a educação para o conviver e ser!
Neste novo paradigma, o conteúdo passa a ser o próprio aluno. O "Currículo Mínimo" perde este status passando a ser um roteiro. Questionável. Sempre!
Quanto a metodologia, para além da sala de aula. Este espaço é pequeno para a arte, o esporte... e tantas outras vivências que havemos de incluir neste fazer pedagógico. O aluno agora é agente. Porém sem o desejo, que é dele, nada acontece. Ops! Então... contagiar é o lema. Educar passa por despertar o desejo. Mas como se este também não existe em nós?! A boa notícia é que o trabalho educacional, então, também se direciona ao professor. Ele também precisa ser educado. Uma transformação mútua então. E o "transformar-se" não está do lado de fora, no sistema, no governo, no diretor... passa pelo desejo pessoal, que é interno, é de cada um. E isto não tem preço.
Enquanto tentamos promover a mudança no ambiente, mudamos nós. E quando mudamos, o mundo muda.
O pensamento de Ulrich Becker, "Pensar globalmente e agir localmente" muito se aplica a nossa realidade. Se vemos no esporte um caminho para a recuperação do jovem brasileiro, façamos uma olimpíada escolar! Se a música suaviza e engrandece o homem, cantemos!
Este é o sonho do Colégio Estadual de Magé em alguma proporção, pois é o meu sonho.

                                                                               Susi Emerich

quarta-feira, 26 de março de 2014

"O que uma criança deve saber aos quatro anos de idade?"

 

 
O que uma criança deve saber aos 4 anos de idade? Essa foi a pergunta feita por uma mãe, e...m um fórum de discussão sobre educação de filhos, preocupada em saber se seu filho sabia o suficiente para a sua idade.

Segundo Alicia Bayer, no artigo publicado em um conhecido portal de notícias americano – The Huffington Post –, o que não só a entristeceu, mas também a irritou, foram as respostas, pois ao invés de ajudarem a diminuir a angústia dessa mãe, outras mães indicavam o que seus filhos faziam, numa clara expressão de competição para ver quem tinha o filho que sabia mais coisas com 4 anos. Só algumas poucas indicavam que cada criança possuía um ritmo próprio e que não precisava se preocupar.

Para contrapor às listas indicadas pelas mães (em que constavam itens como: saber o nome dos planetas, escrever o nome e sobrenome, saber contar até 100), Bayer organizou uma lista bem mais interessante para que pais e mães considerem o que uma criança deve saber.

Vejam alguns exemplos abaixo:

- Deve saber que a querem por completo, incondicionalmente e em todos os momentos.

- Deve saber que está segura e deve saber como manter-se a salvo em lugares públicos, com outras pessoas e em distintas situações.

- Deve saber seus direitos e que sua família sempre a apoiará.

- Deve saber rir, fazer-se de boba, ser vilão e utilizar sua imaginação.

- Deve saber que nunca acontecerá nada se pintar o céu de laranja ou desenhar gatos com seis patas.

- Deve saber que o mundo é mágico e ela também.

- Deve saber que é fantástica, inteligente, criativa, compassiva e maravilhosa.

- Deve saber que passar o dia ao ar livre fazendo colares de flores, bolos de barro e casinhas de contos de fadas é tão importante como praticar fonética. Melhor dizendo, muito mais importante.

E ainda acrescenta uma lista que considera mais importante. A lista do que os pais devem saber:

- Que cada criança aprende a andar, falar, ler e fazer cálculos a seu próprio ritmo, e que isso não tem qualquer influência na forma como irá andar, falar, ler ou fazer cálculos posteriormente.

- Que o fator de maior impacto no bom desempenho escolar e boas notas no futuro é que se leia às crianças desde pequenas. Sem tecnologias modernas, nem creches elegantes, nem jogos e computadores chamativos, se não que a mãe ou o pai dediquem um tempo a cada dia ou a cada noite (ou ambos) para sentar-se e ler com ela bons livros.

- Que ser a criança mais inteligente ou a mais estudiosa da turma nunca significou ser a mais feliz. Estamos tão obstinados em garantir a nossos filhos todas as “oportunidades” que o que estamos dando são vidas com múltiplas atividades e cheias de tensão como as nossas. Uma das melhores coisas que podemos oferecer a nossos filhos é uma infância simples e despreocupada.

- Que nossas crianças merecem viver rodeadas de livros, natureza, materiais artísticos e a liberdade para explorá-los. A maioria de nós poderia se desfazer de 90% dos brinquedos de nossos filhos e eles nem sentiriam falta.

- Que nossos filhos necessitam nos ter mais. Vivemos em uma época em que as revistas para pais recomendam que tratemos de dedicar 10 minutos diários a cada filho e prever um sábado ao mês dedicado à família. Que horror! Nossos filhos necessitam do Nintendo, dos computadores, das atividades extraescolares, das aulas de balé, do grupo para jogar futebol muito menos do que necessitam de nós. Necessitam de pais que se sentem para escutar seus relatos do que fizeram durante o dia, de mães que se sentem e façam trabalhos manuais com eles. Necessitam que passeiem com eles nas noites de primavera sem se importar que se ande a 150 metros por hora. Têm direito a ajudar-nos a fazer o jantar mesmo que tardemos o dobro de tempo e tenhamos o dobro de trabalho. Têm o direito de saber que para nós são uma prioridade e que nos encanta verdadeiramente estar com eles.

Então, o que precisa mesmo – de verdade – uma criança de 4 anos?

Muito menos do que pensamos e muito mais!

domingo, 16 de março de 2014

Convite

 
Uma realização do     

                      

O “Núcleo de Reflexões” abre espaço para se pensar o homem em sua inteireza.

Nesta  ocasião, traz  para  esta roda    de conversa,  sob  a  condução  da  
Psicopedagoga Clínica Susi Emerich,  o tema:


“QUANDO A EDUCAÇÃO INFANTIL DÁ CERTO”


“A busca de conhecimento não é preparação para nada,
 e sim VIDA, aqui e agora.” (Madalena Freire)


      Uma oportunidade de se pensar o ser humano em formação para um comprometimento ainda maior com a viabilização de sua saúde integral.


DATA: 04/04/2014

HORÁRIO: 19:00h

LOCAL: CIAH (Rua Prof José Lendro, 89 – Centro – Magé

Tel.: (21) 3630-1720



VOCÊ É NOSSO CONVIDADO!

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

A Criança Mágica (Grupo de estudo)






Estudo dirigido sobre a criança e seu desenvolvimento 
"...recentemente, o mundo da criança vem desmoronando quase tão rápido quanto o nosso. Não será possível que o que há de errado sejam nossas ideias a respeito da criança e da natureza?"
                                                                        (Joseph Chilton Pearce) 
Público alvo: 

Estudantes e profissionais da área de educação e saúde da criança; pais e demais interessados em aprender sobre o desenvolvimento infantil.

Quando? 
Quinzenalmente, em encontros de 1h e meia, de março a dezembro de 2014.

Quanto?
R$ 20,00 (vinte reais) o encontro.

Onde?
CIAH (Centro Integrado de Atendimento Humano) Rua Professor José Leandro, 89 – Centro – Magé - RJ 

Coordenação:
Susi Motta Valadão Emerich (Pedagoga especializada em Psicopedagogia clínica e institucional).

Inscrições: 

3630-1720 / 9-8653-1789 / sv.emerich@hotmail.com 

Realização:



terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Escola





Desejo para você...
Uma escola livre,
Onde você aprenda
Vivenciando
Criando
Construindo.

Desejo para você...
Uma escola mundo,
Onde você aprenda
A conviver,
Uma escola alegre,
Onde se misturem
Sonhos, sorrisos e esperanças.

Desejo para você...
Uma escola, 
Com um espaço em branco,
Onde os espaços se misturem
E as conquistas sejam mútuas.

                   Nilza A. Costa