terça-feira, 30 de julho de 2013

Inspiração





Mamãe, o que inspiração?
Inspiração é a semente da arte
Está na poesia
Na canção
Fica na alma
Lá no coração

Tem inspiração no beijo
No abraço
No toque da pele
Na respiração

Manhã de primavera,
Inspiração!
O cheiro da maresia,
Inspiração!
A casa da árvore...
A mulher grávida...
A fruta no tempo...
O Sol...
O vento...
Inspiração!

O bom humor,
As histórias dos livros
E também as sem autor
Inspiração do povo,
Do velho e do novo
Dos homens e mulheres que contam,
Recontam
Recriam o conto
E aumentam um ponto

Inspiração
Muito difícil definir
Está na lágrima
Também quando se sorri
Inspiração é um mistério
Engraçado e sério

A Lua refletida no mar
Os pássaros a cantar
Um hino
O Divino
O som
O dom
Tudo o que você vê
Com seus olhos de criança, meu filho,
É inspiração

                                Susi Emerich





domingo, 14 de julho de 2013

Tereza



Tereza é uma heroína
Uma heroína diferente

Não voa
Não mata
Mas ajuda muita gente

O que faz a Tereza
É defender a natureza

Mania interessante
Muito importante
Conscientizar toda a gente
A preservar o ambiente

No dia dos namorados
Flor não deixa arrancar
De que vale tanta graça
Se logo vai murchar

Lá em Copacabana
Com seu jeito de sereia
Trabalha ensinando
A não sujar a areia

Canudo
Garrafa
Copo descartável
Tudo vai para a caixa
Do resíduo reciclável

Tereza coleciona
Fotos do mundo animal
Também dos rios
Florestas
Lagos do Pantanal

Existe uma ideia
Que não lhe sai do pensamento
Promover na cidade
Um sério reflorestamento

Não poderia haver
Intenção melhor que esta
Plantar árvores na cidade
E fazer uma floresta

O meio ambiente agradece
O trabalho de Tereza
Ela faz o que pode
Pra proteger a natureza

                                         Susi Emerich



Pão e televisão






Pedrinho é um menino muito parado
Fica diante da televisão todo desanimado

Vê televisão e come pão
Só pão
Só pão

Pão doce
Pão salgado
Pão seco
Pão recheado
Pão inteiro
Pão fatiado
Pão redondo
Pão quadrado
Pão dormido
Pão acordado

Pedrinho só come pão e vê televisão
Não perde nenhuma programação

Vê filme
Desenho animado
Novela
Seriado
Futebol
Jornal Nacional
Debate político
Comercial

Mas Pedrinho anda mal
Está ficando doente
Só parado
Engordando
Seu corpo está reclamando

O médico passou receita forte
Legumes
Frutas
e todos os esportes

Pedrinho agora não pode mais comer só pão
Precisa de SOPÃO

Sopão com chuchu
Agrião
Cenoura
Manjericão
Nabo
Quiabo
Couve
Pimentão
Beterraba
Abobrinha
Vagem
Cebolinha

Sopão e esportes
Natação
Futebol
Corrida
Voleibol
Caminhada
Ciclismo
Box
Hipismo
Arremesso
Karatê

Chega de TV

Agora Pedrinho vai bem
É saudável e feliz

Saiu do tédio
Sem tomar remédio

Mostra na balança
Seu peso de criança

                                      Susi Emerich

sexta-feira, 12 de julho de 2013

EU, VOCÊ... TODO MUNDO EM PAZ NA ESCOLA!




            Um desejo. Será uma utopia? Neste tempo tão difícil, neste lugar tão desafiador, querer paz pra mim e pra você... Nós podemos? O quê, ou quem, nos dá este direito?

            Focaremos na escola. Mal conseguimos dar aulas! Não será de mais “inventar moda”, desenvolver  projetos pedagógicos "POR UMA CULTURA DE PAZ", "DIGA NÃO A VIOLÊNCIA"... quando já sabemos ser o sistema educacional em sua escala macro, a nível governamental, o principal responsável pelo fracasso? Não sei quanto a todos, mas eu, você... Você mesmo! Sabemos que podemos, que devemos. Não há melhor opção! A outra é viver sem paz. Não há lucro nesta bandeira. Sim, pois o contrário da paz não é a guerra, mas a estagnação. Então, vamos à luta! Luta e paz do mesmo lado. O lado da indignação, desconforto, questionamento, manifestação... que, aliás, está na moda.

            A educação vai mal. Enquanto escola, precisamos melhorar. Precisamos também individualmente. Há que se permitir o atrito. Permitamo-nos ser impactados pelo sentimento do outro. Ele precisa nos afetar. Precisamos também alcançá-lo, “cutucá-lo”. Precisamos deste afeto que se traduz no sim e no não. Que delimita o meu e o seu espaço. Que dá trabalho, que é difícil. De outro modo, ou seja, na cega obediência, no silêncio inerte, no medo dos ecos da autoridade, só mesmo a estagnação. Neste “confortável” lugar, nada muda, exceto nossa amargura que só faz aumentar.

            Traduzindo para nosso cotidiano, vamos perguntar mais, vamos sugerir mais, vamos fazer mais presença, vamos insistir mais, vamos errar mais, vamos viver mais, vamos viver em paz! Não esquecendo, é claro, que colhemos o que plantamos. Isto, que parece clichê, é a fórmula da vida.

            O que nos dá o direito de evocar a paz e desejá-la é a consciência de que o contrário é a morte. Uma questão de extinto de sobrevivência. Afinal, o que seria a estagnação se não a ausência de vida?

            Faremos deste desejo uma utopia realizável então. Precisamos ao menos mudar os problemas. Precisamos de movimento. Nem tudo sairá como planejamos, sairá melhor ainda! Depende da abrangência de nossa imaginação. É ela quem constrói nossa realidade. É ela quem cria, quem dá vida! Se não imaginamos, não acontece. Imaginemos, então, um cotidiano escolar mais produtivo, mais vivo.

 
Susi Emerich