Um desejo. Será uma utopia? Neste tempo tão difícil, neste lugar tão desafiador, querer paz pra mim e pra você... Nós podemos? O quê, ou quem, nos dá este direito?
Focaremos na escola. Mal conseguimos
dar aulas! Não será de mais “inventar moda”, desenvolver projetos pedagógicos "POR UMA
CULTURA DE PAZ", "DIGA NÃO A VIOLÊNCIA"... quando já sabemos ser o sistema educacional em sua escala macro, a nível governamental, o principal responsável
pelo fracasso? Não sei quanto a todos, mas eu, você... Você mesmo! Sabemos que
podemos, que devemos. Não há melhor opção! A outra é viver sem paz. Não há
lucro nesta bandeira. Sim, pois o contrário da paz não é a guerra, mas a
estagnação. Então, vamos à luta! Luta e paz do mesmo lado. O lado da
indignação, desconforto, questionamento, manifestação... que, aliás, está na
moda.
A educação vai mal. Enquanto escola,
precisamos melhorar. Precisamos também individualmente. Há que se permitir o atrito.
Permitamo-nos ser impactados pelo sentimento do outro. Ele precisa nos afetar.
Precisamos também alcançá-lo, “cutucá-lo”. Precisamos deste afeto que se traduz
no sim e no não. Que delimita o meu e o seu espaço. Que dá trabalho, que é
difícil. De outro modo, ou seja, na cega obediência, no silêncio inerte, no
medo dos ecos da autoridade, só mesmo a estagnação. Neste “confortável” lugar,
nada muda, exceto nossa amargura que só faz aumentar.
Traduzindo para nosso cotidiano,
vamos perguntar mais, vamos sugerir mais, vamos fazer mais presença, vamos
insistir mais, vamos errar mais, vamos viver mais, vamos viver em paz! Não esquecendo,
é claro, que colhemos o que plantamos. Isto, que parece clichê, é a fórmula da
vida.
O que nos dá o direito de evocar a
paz e desejá-la é a consciência de que o contrário é a morte. Uma questão de
extinto de sobrevivência. Afinal, o que seria a estagnação se não a ausência de
vida?
Faremos deste desejo uma utopia
realizável então. Precisamos ao menos mudar os problemas. Precisamos de
movimento. Nem tudo sairá como planejamos, sairá melhor ainda! Depende da
abrangência de nossa imaginação. É ela quem constrói nossa realidade. É ela
quem cria, quem dá vida! Se não imaginamos, não acontece. Imaginemos, então, um
cotidiano escolar mais produtivo, mais vivo.
Susi
Emerich
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ficarei muito feliz de saber o que achou. Fique à vontade em interagir.